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Você sabia que Vitória de Santo Antão venceu uma batalha histórica? Sabia que a história Lisbela e O Prisioneiro é ambientada aqui e foi escrita por Osman Lins que nasceu em Vitória? Os cidadãos vitorienses possuem uma grande história rica de cultura e relevância, mas nem todos conhecem a fundo esses registros históricos.
Leia aqui embaixo e fique por dentro da trajetória de nossa cidade tão importante para Pernambuco.
A história é uma ciência que estuda o passado da humanidade e o seu processo de evolução, isso quer dizer que podemos considerar o estudo da história como altamente importante para nós enquanto cidadãos. É conhecendo o passado que se constrói um futuro melhor.
Então, é importante pensar que parte do exercício da cidadania é pesquisar e buscar saber a respeito da história de sua própria cidade. Como surgiu, quem fundou, o porquê do nome, entre outros detalhes.
Estar por dentro da história do lugar onde você nasceu e construiu a vida te faz sentir ainda mais pertencente às suas raízes.
Não poderíamos, então, deixar você por fora da história da cidade de Vitória de Santo Antão. Desde seu nascimento até os dias atuais. Hoje com 210 anos de história, cultura e muita riqueza de informações para oferecer. Precisamos nos apoderar desse material como meio de ecoar a identidade do povo vitoriense a fim de preservar sua memória.
É de suma importância que Vitória olhe com mais carinho, cuidado e respeito para seu valor histórico e cultural. A população vitoriense precisa de ações que resguardem nossos patrimônios materiais e imateriais a fim de trazer visibilidade e relevância à trajetória de um povo tão guerreiro e importante.
A história de Vitória de Santo Antão começa às margens do Rio Tapacurá. Datada em 1626 os primeiros vestígios de povoamento local, foi aproximadamente nessa região, às margens do rio, que o português Diogo de Braga entendeu ser uma posição estratégica, para fundar ali um alojamento a fim de morar com sua família.
Construiu, então, uma casa e ao redor dela algumas fazendas, onde cultivava hortaliças e mantinha gados sob seus cuidados. Tempo depois, construiu uma capela, a qual intitulou de Santo Antão, por ser o nome de sua cidade natal, natural da Ilha de Santo Antão, Cabo Verde, Portugal.
Dessas construções e movimentações é que são registrados os primeiros vestígios de população nas terras que hoje são chamadas orgulhosamente de Vitória de Santo Antão.
O nome de uma cidade representa uma história sempre importante ligada a algum episódio significativo para construção da mesma. E com Vitória de Santo Antão não é diferente. Forte e imponente, a cidade carrega a palavra “Vitória” em seu nome. Orgulhosamente os cidadãos vitorienses são vitoriosos.
Vitória de Santo Antão foi intitulada com nomes diferentes durante sua história. Inicialmente era conhecida como Cidade de Braga e isso se deve ao fato de seu fundador ter sido o português Diogo de Braga, que vindo de Portugal, firmou moradia nas terras vitorienses e deu início aos primeiros vestígios populacionais.
Com o seu falecimento, passou a ser chamada de Santo Antão da Mata. Essa definição veio não do Santo invocado, mas sim da proximidade que a área tinha da mata de São João.
Em 1843, Vitória foi, então, elevada à categoria de cidade e recebeu o nome de “Vitória”. Tal nome se deu por homenagem à vitória dos pernambucanos contra os holandeses na batalha do Monte das Tabocas.
Inicialmente, Vitória de Santo Antão foi ocupada pelo português Diogo de Braga que construiu uma casa para se abrigar com sua família, onde, às margens do Rio Tapacurá plantava e cuidava de gados em fazendas que foi construindo ao longo do tempo.
No decorrer dos anos, criou uma capela, que recebeu o nome de Santo Antão, pois o mesmo era o padroeiro de sua terra natal, Cabo Verde em Portugal e também por que acreditava-se que o santo tinha poder de proteção contra animais e outras ameaças que sondavam a vegetação e gados.
Ainda nesse contexto, em 1712, como resultado do desenvolvimento local, foi solicitado por desejo popular a criação de uma freguesia. O Dr. Manoel Álvares da Costa atendeu ao pedido dos moradores e o desejo foi realizado.
Acontece que no mesmo ano Vitória foi elevada à categoria de Paróquia, tendo Santo Antão como o seu padroeiro. É interessante destacar que Vitória de Santo Antão ainda não era independente, pois a freguesia pertencia a Olinda. 14 de março 1983 foi a data do alvará para a criação do distrito.
06 de dezembro de 1810 data em que Vitória foi elevada à categoria de vila e teve “Santo Antão” atribuído a seu nome. Com alvará datado de 27 de julho de 1811. Finalmente em 06 de maio de 1843, a lei provincial nº113 elevou o que então era a Vila de Santo Antão à categoria de cidade. Ocorreu, também, o seu desmembramento da cidade de Olinda.
Em 27 de junho de 1880 no contexto sócio-histórico e político do II reinado, em Vitória de Santo Antão, ocorreu a chamada guerra da Hecatombe. Muito distante da realidade que encontramos hoje, Vitória ainda nem carregava seu nome atual, mas voltando para o nosso propósito, iremos descrever, de forma resumida, os motivos que levaram a esse episódio violento em nossa história.
Existia uma grande incompatibilidade de interesses por parte dos membros do Partido Liberal. Tal divergência era tão grande que acabou resultando numa divisão do partido em subgrupos. Os Leões e Cachorros foram as duas correntes criadas após divergências entre o partido Liberal.
Ambos os nomes tem sua origem explicada pelo fato de que os Leões eram liderados por José Felipe de Souza Leão e os Cachorros por José Espíndola de Melo. O clima era bastante tenso na Província de Pernambuco.
Muitas foram as influências que atuaram sobre a motivação para o acontecimento da guerra, mas é interessante destacar a discrepância entre os integrantes do Partido Liberal como um ponto decisivo nesse desenlace.
Com o passar do tempo o clima de conflito se desenvolvia à medida que surgiam mais discordâncias políticas entre os opositores. Em 26 de junho uma sensação de medo pairava sob a população, pois o clima eleitoral estava tenso.
É interessante destacar o fato de que as eleições ocorriam dentro de igrejas, pois o estado ainda não havia sido separado da religião, tal ação veio acontecer com a proclamação da república em 1889.
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos foi escolhida como local para a realização do pleito, teve suas portas arrombadas e foi invadida em lugares estratégicos durante a noite. No dia 27, os integrantes do Partido Conservador da ala dos “cachorros” foi quem tomou a investida de invasão com homens que chegaram à cavalo e à pé. Muitas mortes resultaram desse conflito.
Desse embate resultou o episódio que hoje conhecemos como guerra da Hecatombe em Vitória de Santo Antão.
Em toda sua grandeza territorial, Vitória de Santo Antão possui uma história rica e simbólica presente fortemente em seus patrimônios materiais espalhados pela cidade. Seus prédios, igrejas e construções históricas são preservados pela cidade, e tal preservação carece de maior atenção, para guardar consigo parte importante dos registros culturais. Dentre os mais importantes podemos destacar:
A história de uma comunidade também é feita com a participação daqueles que doaram muito do seu tempo e vida para construir movimentos de transformação da cidade para um lugar melhor. Portanto, cabe a nós destacar a importância de personagens que colaboraram com a história de Vitória de Santo Antão.
“Vitória é repleta de história e faltava na Câmara projetos que valorizassem personalidades e grupos que fizeram e fazem parte da nossa cultura. Acredito que resgatar o passado é a melhor forma de construir e valorizar o futuro. O mérito principal dessa conquista é de Hérika Araújo, produtora cultural e assessora de mobilização do nosso mandato.
Ela foi responsável pela pesquisa e esforço para que as Comendas fossem aprovadas na Casa Diogo de Braga”.
Essa fala foi dita pelo vereador André Carvalho numa sessão pública proposta pelo mesmo, realizada na Câmara Municipal da cidade, onde foram aprovadas nove comendas com o objetivo de homenagear grandes personalidades que foram importantes para a história de Vitória de Santo Antão.
Através das comendas aprovadas, foi possível homenagear várias personalidades importantes e, através delas, contemplar diversos segmentos de atuação na cidade como a área da música, dança, jornalismo etc.
Representamos à todos por meio dos homenageados pelas comendas, são eles:
Localização: à uma altitude média de 150 metros acima do nível do mar, Vitória de Santo Antão se encontra localizada no planalto Borborema.
Ao norte: Glória do Goitá e Chã de Alegria;
Ao Sul: Escada;
Ao sudoeste: Primavera
Ao nordeste: São Lourenço da Mata;
Ao leste: Moreno e Cabo de Santo Agostinho;
Ao Oeste: Pombos;
Área: 335,09²
Vias de Acesso:
Rodovia: BR 232
Rodovias estaduais: PE 50 e PE 45
Tropical
Emblemas Cívicos: A bandeira e o hino.
Bandeira: Cores azul, branco, vermelho, marrom, verde e amarelo. Lema: Vitória. Duas frases estão presentes na bandeira da cidade “3 de Agosto de 1645” e “6- Maio - 1843” respectivamente fazendo alusão a Batalha no monte das Tabocas e elevação de vila à categoria de cidade da Vitória de Santo Antão.
Vitória o nome teu somente encerra
O desejo maior que tem um povo
Quando eu ouço teu nome, oh minha terra!
Sinto as veias arfando em corpo novo.
Entre as tuas irmãs de maior glória
Apareces risonha e sobranceira.
Escrevendo um capítulo da história
De nossa amada terra brasileira.
No monte das Tabocas deu-te norte
De Fernandes Vieira a grande fama
E o feito de Mariana, ingente e forte
Atende à voz da Pátria que lhe chama.
Os campos teus floridos azulados
Repetem pela aurora e no sol posto
O grito de teus filhos denodados
Que nos legaram o dia 3 de agosto.
E os filhos teus, cantando noite e dia
Bem como outrora os bardos do tabor,
Vão levando braçados de alegria
Para enfeitar, Vitória, o teu valor.
E se um dia o rincão pernambucano
Precisar do meu sangue em teu favor
Darei altivo como um pelicano
E destemido como um lutador.
Salário médio mensal dos trabalhadores formais (2019): 2,0 salários mínimos Pessoal ocupado (2019): 25.787 pessoas
População ocupada (2019): 18,6%
Percentual da população com rendimento nominal mensal per capita de até ½ salário mínimo (2010): 46,7%
No comparativo com outros municípios, Vitória de Santo Antão ocupa a 2034ª posição no ranking do salário médio mensal dos trabalhadores formais de todo o Brasil; no estado de Pernambuco ocupa a 13ª posição e a 1ª posição na sua microrregião.
Taxa de escolarização de 6 A 14 anos de idade (2010): 96,9% IDEB – Anos iniciais do ensino fundamental (Rede pública – 2019): 4,2
IDEB – Anos finais do ensino fundamental (Rede pública – 2019): 3,7
Matrículas no ensino fundamental (2020): 18.963 matrículas;
Matrículas no ensino médio (2020): 4.683 matrículas
Docentes no ensino fundamental (2020): 878 docentes
Docentes no ensino médio (2020): 293 docentes
Número de estabelecimentos de ensino fundamental (2020): 97 escolas
Número de estabelecimentos de ensino médio (2020): 17 escolas No comparativo com outros municípios, a educação de Vitória de Santo Antão ocupa a 3751ª posição no ranking nacional, a 84ª posição no estado de Pernambuco e a 3ª posição na sua microrregião.
PIB per capita (2019): R$ 30.154,30
Percentual das receitas oriundas de fontes externas (2015): 81,2%
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM (2010): 0,640
Total de receitas realizadas (2017): R$ 501.021,01 (x1000)
Total de despesas empenhadas (2017): 299.853,94 R$ (x1000)
Mortalidade infantil (2010): 10,37 óbitos por mil nascidos vivos
Internações por diarreia (2016): 3,3 internações por mil habitantes
Estabelecimentos de Saúde – SUS (2009): 46 estabelecimentos
No comparativo com outros municípios, a mortalidade infantil em Vitória de Santo Antão ocupa a 2680ª posição no ranking nacional, a 106ª posição no estado de Pernambuco e a 3ª na sua microrregião.
Área de unidade territorial (2021): 335, 942 km²
Esgotamento sanitário adequado (2010): 63,3%
Arborização de vias públicas (2010): 44,2%
Urbanização de vias públicas (2010): 8,8%
Bioma (2019): Mata Atlântica
Sistema Costeiro-Marinho (2019): Não pertencente No comparativo com outros municípios, a área de unidade territorial do Paulista ocupa a 3186ª posição no ranking nacional, a 73ª posição no estado de Pernambuco e a 1ª na sua microrregião.
